terça-feira, 14 de julho de 2009

Cavaleiro Branco

Um vasto campo florido convida a sonhar
Reaviva quereres de um guerreiro branco
Cansado, desacreditado por si, faminto de vida,
Despido de honra.
As cores florais reluzem na armadura
Que oculta as cicatrizes de sua alma,
E guarda a leveza daquele ser.
O perfume exalado distancia as batalhas perdidas
Esconde a covardia nos gestos.
Naquela vastidão o cavaleiro branco repousa,
Sonha com possibilidades outras.
Seu castelo de fantasia dissipado
Pelos horrores da sobrevivência
Impôs a mágoa, seu algoz.
O cavaleiro branco açoita seu destino
Desejoso do efêmero prazer
Do instante indizível da plenitude de viver.
O cavaleiro branco esconde seu encanto
E não se deixa amar.
Mostra seu sarcasmo.
Incrédulo, assim o chamam!
Desorientado de angústia desbrava mundos.

Um comentário:

Hilton disse...

A circunferência de um grito mudo é a dimensão das vidas mutiladas
no que de indizivel tem cada consciência.