domingo, 29 de setembro de 2013

A estante

Cansei do comodismo
Da minha poltrona preferida
Da organização dos armários.

A estante da sala decorada com afinco
Trouxe-me interrogações.

Os livros trazem muitas lições
E depois de ler tantas, me pergunto:
- De que servem?

As obrigações minhas de cada dia
Tragam pouco a pouco
O entusiasmo e a leveza de meus gestos

Anseio o vento da paisagem
Os sonhos coloridos presentados pelo travesseiro

Ah! E Relações espontâneas
Para viver sinceramente com minhas perguntas
Minhas cismas sem respostas.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Faxina Íntima

A casa tem um pouco de mim
Ou é um pouco de mim
Não decido nada nessa afirmação.

Meus sentimentos estão dispersos  pelos cômodos

Na velha mesa de livros entulhados
Sinto meu íntimo

A espera angustiante do futuro

As almofadas, o sofá, o abajur
Minha angústia em passos leves

Copos,  Pratos
A gula de viver

Meu quarto meu medo
Sem sapatos devasso
Rapta o que fui

Quando finda o dia exaustivo de labuta
e máscaras sociais
vou para a minha janela
de brisa e estrelas
de quietude e pensamentos....


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Estrela Perene

São muitas pedras

Muitas negativas 

Idas, vindas, vidas que deixam de sonhar

As flores não desistiram 
elas continuam a brotar

Eu retorno a janela 

aquela, velha conselheira de outros tempos

A canção antiga toca longe
aproxima emoções e antigas lembranças
Um sorriso doce
Uma lágrima livre

A noite cai