quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sepultura

Não posso imaginar como seria,
Se tuas palavras fossem proferidas
A mim.
Se soubesse das minhas alegrias.
Se estivesse comigo a cada tristeza talhada.
Se tua mão me tocasse para sufocar o medo.
Como seria?
Será esse o meu ponto de interrogação?
Houve lágrimas que secaram
Em um coração estéril
Com o amor em broto,
E esforços contagiados pelo passado.
Agora olho a travessia,
Não consigo lembrar o teu rosto
Você se esvai, sem regresso.
A amargura torna rijo o mover-se.
Depois do sonho vão,
Vou construir um dia de cada vez
Apreendendo os sinais.
As amarras se rompem aqui.
Um convite sutil me leva ao retorno
Não solitária, em companhia de mim.
Deixar o amor florescer
Sepultando o que nunca será.

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