sábado, 8 de janeiro de 2011

O caminho do Corcel

Caminhei por caminhos proibidos,
Intocáveis sob os pés da mulher de lugar algum.
Andei a esmo ousando com a presença.
Tanto quanto as sementes transportadas pelos pássaros
Como as flores que insistem em brotar fora dos jardins.
Sobre um corcel solitário perambulei.
Acumulei rostos, paisagens, histórias, saudades e infortúnios.
A secura das palavras contrasta com os gestos delicados.
Carregava nada além da certeza de permanecer.
Após alguns anos de estrada o belo corcel
Guiou-me por uma estrada conhecida.
E o que poderia esperar da repetição dos acontecimentos? Nada.
A mente sem expectativas completou o meu mapa.
E por isso pensa que sou menos pessimista que ontem?
Não, contudo amo-me mais.
O corcel tem a estrada para seguir
Eu, muitos motivos para amar.

3 comentários:

Carol Araujo disse...

Enxergo um novo ciclo através de suas palavras. Enxergo a renovação que acompanhei alguns dos passos. Enxergo uma mulher tão preparada quanto antes, no entanto com uma luz mais forte e que ilumina por todos os lados! E me sinto mais orgulhosa de estar ao seu lado e compartilhar desse momento lindo!
Vc é uma das referências mais importantes para mim, Rosinha. Fico feliz na positividade que brota com mais intensidade nesse caminho. A prova de que o que acumulamos não são descartáveis, seja julgado bom ou ruim. Podemos permanecer com as expectativas, mas nunca sem a experiência de sua possibilidade.

Fica na paz.

Paula disse...

Maravilhoso esse poema! É teu?

Paula disse...

Mas você tem muito talento para escrever coisas tão bonitas !! Cadê os caça-talentos desse país !?