domingo, 21 de novembro de 2010

Desencanto do Amor

Estranho encontro o de ontem, o sonho invadiu a realidade.
Ferindo a lança o meu peito.
Ruiu toda a fantasia adubada com o amor dos românticos.
Sinto-me fraca, atingida pela colisão do sonho e da vigília.
Te amei doando-me e querendo-te. Te criei sábio, lindo e forte!
Um guerreiro admirável de alma feminina, na colcha de retalhos da fantasia.
Senti saudade da presença encantadora, acreditei na sua volta a cada despedida.
Havia a certeza de um contato profundo ainda que não fosse único.
E agora, o que farei?
Sem avisar tu surges sem luz diante de mim
Ofuscado confrontado pela minha alma masculina
Por que foste perverso comigo?
Por que não permaneceu nas doçuras dos meus sonhos?
A verdade é tola. Amar é para poucos.
A vida não tem sentido algum, se não dispomos de imaginação.
Aqui está você, exatamente como é.
Diante dos destroços de ti penso,
É impossível que tenha te amado.
A ferida de ter acordado desse sonho delicado
Ficará.
Roubaste meus suaves rabiscos.
De você quero muita distância até que volte a sonhar.

Um comentário:

Carol Araujo disse...

U-A-U!

Eu me senti totalmente envolvida! Adoro quando vc fala assim do amor. Com essa intensidade, com esse jogo de "eu sem/com/para/em vc".
Interessante que pensamos após algumas relações (ou durante): como isso? Surgem várias justificativas, só não sei se convicentes.
"Por que não permaneceu nas doçuras dos meus sonhos?" Uma vez me perguntei algo parecido... e o que parecia tão bom, desfez. Sem saber se era sua máscara ou meu véu. E não cabe buscar culpados e vítimas. Por outro lado, nada será o mesmo.

Depois dessa, refleti sobre algumas coisas e sinto-me feliz, pois está diferente. Deixei passar, não por conformidade, mas por amor!

Fica na paz.