terça-feira, 11 de agosto de 2009

Nuvens que passam

Vi as nuvens moverem-se em despedida
Fui inundada por imensa paz interior
O peso da existência se desfez
Pude reinterpretar o mundo,
Sem a ilusão dos quereres.
Senti que eu era como ali estava,
E ambicionei
Não ser mais do que aquele corpo presente.
A compreensão de mim,
O abandono nas sensações despertadas
A paz de quem não exige e nem espera.
A potência de viver um sonho
Em tempo real.
Do encontro perfeito por ser natural,
Assim me senti: um eu capaz de se renovar.
Ah! Felicito-me por estar aqui agora
E sentir-me cheia de vida
Sem conclusões infinitas
Reflito quando sinto a razão do existir.

3 comentários:

Ricardo Dib disse...

Gostei do "Sem conclusões infinitas", visto que vivemos em constante finitute e recomeço.

Beijos.

george araújo disse...

somos todos passageiros mesmo... assim como as nuvens... e não precisamos chegar à conclusões infinitas...


bjos
>>

Carol Araujo disse...

Olá grande amiga! Há muito tempo não comento aqui. Muitas saudades dessa leitura agradável que vc proporciona através de sua combinação das palavras.
Vc sabe o quanto eu adoro essa palavra. PAZ. É o que vale! Dentro de nós, fora de nós, entre nós. Nossa, chegar no momento de não sentir necessidade de mudança é, para mim, raro. No entanto, raridade não quer dizer que não ocorra.
Me conta Rosinha, se as nuvens ao moverem em despedida e essa calmaria, quer dizer um céu sem nuvem? Esse intervalo de "calmaria" é o que nos permite parar para nos compreender.
Amei essa parte "A paz de quem não exige e nem espera". E não ficar só no sonho em mente, mas viver o sonho. Não assistir nossa vida, mas fazer parte dela, atrizes principais.
Rosinha, daqui a pouco termino o comentário. Estou no trab :P