terça-feira, 24 de agosto de 2010

Letras Perdidas

Amanheceu o sol reina solitário.
Na rua o burburinho em meio aos tons de contrastes.
As pessoas no alvorecer da mesma animação,
nas primeiras horas como nunca é.
O caminho da labuta é igual, o caminho da vida não.
A esperança não cabe em mim, não me identifica
Tampouco me é peculiar.
Ainda de pé, longe das águas,
Cortando os empecilhos como os antepassados,
O revés da minha trajetória assusta sem paralisar.
As letras aqui deixadas unem-se num grito louco,
Na sanha humana sufocada.
Na despedida o sol concretiza sua passagem
Deixando nada mais que a saudade.


Um comentário:

Carol Araujo disse...

A falta de esperança intensifica a rotina.
A despedida abre espaço para a saudade.
Sinto falta de muitas coisas, dentre elas minha infância. Não é igual a infância de algumas pessoas, mas foi minha.

Fica na paz.