terça-feira, 14 de outubro de 2008

Pedra

Concentrada diante do rio
Carrego pedras contra a correnteza
Sam saber até quando,
Com olhos marcados pelo tempo
Assustada com a folha varrida pelo vento
Deixo ecoar no silêncio o meu grito mudo
Invocando o que houve de bom.
Sigo solitária,
Sem o toque cego da insanidade alheia
Na desordem dos dias.
Trago a esperança reprimida
Nas vibrações da alma.
Oscilando entre as horas,
Na jornada infinita
Do apodrecer e do florescer
Do passado e do futuro.

5 comentários:

Joseane disse...

gosto muito de poemas
mas quem é que escreve estes, é vc mesma???

Figueredo Dias disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
george araújo disse...

ui!
q dureza!

bjos
>>

Carol Araujo disse...

Quase um estilo barroco.
Tô voando ainda... nha.

Carol Araujo disse...

Hoje deu aquela saudade de te ler. Resolvi passar cá e ler os poemas, até mesmo com intuito de acalmar meus pensamentos euforicos. Eu não tinha entendido muito bem o que quis dizer na primeira leitura. Por outro lado, hoje, acho que entendi. E passei a refletir de quantas vezes, mesmo sozinhas, nós nadamos contra a correnteza, numa tentativa de fazer nossa voz ser ouvida, conscientes que isto pode dar, ou não, certo.
Adorei a parte da "jornada infinita".
Cara, meus parabéns!

Fica na paz.