A urbanidade dos dias molda a vizinhança.
Buzinas, pedestres cruzam o caminho sem saber do outro.
A vida tal qual o rio, transcorre quase ocultando as suas variações.
Por encanto ou astúcia, Ilude com a primeira imagem.
Entre quimeras e futilidades alguém se reconhece ou repudia
O espelho de outrem.
Na fração desse raio a vida presenteia ou dilacera
No olhar de confronto da caça e do caçador
Onde inexiste a humanidade da lei e a divindade da justiça não tem raiz.
A tensão de estar vivo é percebida no sorriso triunfante,
Remexido em desespero do coração sem eco,
Daquele que se diz reto revestido de inquietações.
São os outros que talham o culpado, a culpa não passa de mera palavra.
A estupidez difere da maldade, a lenha pode talvez virar brasa.
A indulgência duela com a severidade, mas nem por isso desfaz cicatrizes.
No final, do homem só restará cinzas.
3 comentários:
Do pó ao pó,Rosinha...só nos resta isso...!
Adorei!
Cinzas...
Há pessoas que se preocupam tanto com status pouco duradouros.
Nos aproximamos do que nos é semelhante, não sei pra que reclamar tanto.
Sou a favor da revolução, inclusive do espírito! Rs '
Paz sempre!
Postar um comentário