quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Atrás da Muralha

O êxtase de viver no fluxo de alternâncias

É traduzido em cansaço pelo declínio interior


Ou se dilui nos mantras de positividade?

Os anos desgastam as pedras das ruas

Ou a alma habitante de cada corpo?

É possível mensurar a dor

Ou quantificar o amor?

A criança caminha na trilha do homem

Ou este pode eclipsar o caminho?

Como render-se ao sopro de aventura

E como não render-se?

Será o perigo da aurora maior

Que o carregado consigo?

Diante do abismo, envelhecer é crescer

Ou crescer é findar?

O senso da vitória perpassa catástrofes,

Acredita desvencilhar-se de armadilhas,

O faro do triunfo desvia dos precipícios.

Será esse o segredo da imprudência

Dos reis?



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