quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
A rotina
Ela teve um dia difícil, cobranças no emprego, a casa para
arrumar, alguns textos para ler, um corpo para dar vida e uma vida para dar
sentido.
Seu olhar permanecia pousado em alguma cena de seu passado,
talvez, de sua infância
Estava pensativa, faceira, nutrida de paz.
O semblante de mulher na janela da condução
Fazia franzir cenho da menina assustada escondida nos gestos
firmes.
Não era um dia comum. Um sonho lhe perturbou por toda a
noite.
Ela era crédula dada ao sobrenatural, então aguardou a
fatalidade.
Entre letras, obrigações e gentilezas necessárias no
convívio social
Mal pode entorpecer-se
do ocorrido
Precisou gravemente afundar no cotidiano.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
PRESSÁGIO
Não havia nenhum problema
No entanto, a conversa parecia distorcida
O encanto esvaiu, ou Maia, decidiu a minha vez de estar na
realidade
Logo percebi o desencanto com humor
Era chegado o tempo do grito de liberdade dos contos de
fadas
O beijo noturno me deu o chão firme
Sem adeus, lembranças e despedidas
A vida segue em buscar de sabores.
Com tropeços cruzamos os caminhos
Sem apelos construímos relações
Com silêncios mudamos, desatamos os nós.
O que foi é dissipado
O desconhecido contido no amanhã, este sim me instiga a
continuar.sábado, 26 de outubro de 2013
O brilho que me prendeu
Presa no brilho do teu olhar
Tantas vezes apaixonada pelos gestos teus
Tantas vezes apaixonada pelos gestos teus
Desejei sem dar conta do tempo
Perdi outonos e primaveras
Na tua centelha
Espelhos partiram-se
Paisagens mudaram suas cores
Presa no teu laço
Eu não quis liberdade
Encantada eu disse, sim
Percorri caminhos sinuosos
Presa no teu cheiro
Realizada no teu afago
Certa que era amor
A imaginação não perdoou a distração
Daquela tarde vazia.
E hoje,
Ah! Hoje eu me confesso presa no teu amor
Aguardo a finitude deste lago
Sem medo de amar.
Sem medo de amar.
domingo, 29 de setembro de 2013
A estante
Cansei do comodismo
Da minha poltrona preferida
Da organização dos armários.
A estante da sala decorada com afinco
Trouxe-me interrogações.
Os livros trazem muitas lições
E depois de ler tantas, me pergunto:
- De que servem?
As obrigações minhas de cada dia
Tragam pouco a pouco
O entusiasmo e a leveza de meus gestos
Anseio o vento da paisagem
Os sonhos coloridos presentados pelo travesseiro
Ah! E Relações espontâneas
Para viver sinceramente com minhas perguntas
Minhas cismas sem respostas.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Faxina Íntima
A casa tem um pouco de mim
Ou é um pouco de mim
Não decido nada nessa afirmação.
Meus sentimentos estão dispersos pelos cômodos
Na velha mesa de livros entulhados
Sinto meu íntimo
A espera angustiante do futuro
As almofadas, o sofá, o abajur
Minha angústia em passos leves
Copos, Pratos
A gula de viver
Meu quarto meu medo
Sem sapatos devasso
Rapta o que fui
Quando finda o dia exaustivo de labuta
e máscaras sociais
vou para a minha janela
de brisa e estrelas
de quietude e pensamentos....
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Estrela Perene
São muitas pedras
Muitas negativas
Idas, vindas, vidas que deixam de sonhar
As flores não desistiram
elas continuam a brotar
Eu retorno a janela
aquela, velha conselheira de outros tempos
A canção antiga toca longe
aproxima emoções e antigas lembranças
Um sorriso doce
Uma lágrima livre
A noite cai
Muitas negativas
Idas, vindas, vidas que deixam de sonhar
As flores não desistiram
elas continuam a brotar
Eu retorno a janela
aquela, velha conselheira de outros tempos
A canção antiga toca longe
aproxima emoções e antigas lembranças
Um sorriso doce
Uma lágrima livre
A noite cai
domingo, 21 de abril de 2013
Solta ao Vento
Uma vida é pouco
para alinhar-me as normas e deveres
Uma vida foi-me dada para a grande prova,
ser feliz sem medidas
Um dia é pouco para tantas tarefas
um dia é o início da construção das relações do caminho escolhido
O tempo, controverso amigo, acelera a imaginação
impulsiona-me com altivez
Sigo sem norte acreditando na sorte
errante e cismada
até o que o barro dissolva-se no suspiro do nada.
para alinhar-me as normas e deveres
Uma vida foi-me dada para a grande prova,
ser feliz sem medidas
Um dia é pouco para tantas tarefas
um dia é o início da construção das relações do caminho escolhido
O tempo, controverso amigo, acelera a imaginação
impulsiona-me com altivez
Sigo sem norte acreditando na sorte
errante e cismada
até o que o barro dissolva-se no suspiro do nada.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Partes do Todo
Compartilhamos
Como partilhamos
Partilhamos
Partimos
Estradas e divergências
Acasos
Infortúnios
De almas embriagadas
Apaixonados pela vida
Sempre e nunca seremos paz
Suspiros
Tensões
Procura insana de si
Estranhezas
Incompletude do outro
Reticências traduzidas
Não permitem ponto final.
Como partilhamos
Partilhamos
Partimos
Estradas e divergências
Acasos
Infortúnios
De almas embriagadas
Apaixonados pela vida
Sempre e nunca seremos paz
Suspiros
Tensões
Procura insana de si
Estranhezas
Incompletude do outro
Reticências traduzidas
Não permitem ponto final.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Página em Branco
Lembro do primeiro encontro
meu olhar inquieto desejou o teu
minha boca sedenta precisou da tua
nossos corpos bailaram escrevendo o amor
Lembro de quando fostes meu porto
não tínhamos direção apenas paixão
Angústia era contar segundos longe de tua presença
Lembro...
Recordo...
Sinto o cheiro silencioso do sussurro
tantos planos
tantos mapas
Tuas palavras
Minha entrega
.....e a página em branco.
meu olhar inquieto desejou o teu
minha boca sedenta precisou da tua
nossos corpos bailaram escrevendo o amor
Lembro de quando fostes meu porto
não tínhamos direção apenas paixão
Angústia era contar segundos longe de tua presença
Lembro...
Recordo...
Sinto o cheiro silencioso do sussurro
tantos planos
tantos mapas
Tuas palavras
Minha entrega
.....e a página em branco.
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