segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Faxina Íntima

A casa tem um pouco de mim
Ou é um pouco de mim
Não decido nada nessa afirmação.

Meus sentimentos estão dispersos  pelos cômodos

Na velha mesa de livros entulhados
Sinto meu íntimo

A espera angustiante do futuro

As almofadas, o sofá, o abajur
Minha angústia em passos leves

Copos,  Pratos
A gula de viver

Meu quarto meu medo
Sem sapatos devasso
Rapta o que fui

Quando finda o dia exaustivo de labuta
e máscaras sociais
vou para a minha janela
de brisa e estrelas
de quietude e pensamentos....


Um comentário:

João Mario disse...

Gostei demais desse poema.
Um abraço

João Mario
camoesdecueca.blogspot.com