quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pétalas Renovadas

O imaginário arranha a tela de minha história.
Não desejei a santidade tampouco ser rameira.
Desde criança,
Com tudo o mais que desabrochou
Permanece a inocência hostil.
Nasci mulher sem assumir esse universo
A armadura do cotidiano escondeu a doçura
A delicadeza fez-se mistério
Do feminino, da deusa, da flor, do anjo perverso.
Mirar-se no lago é pouco,
Há beleza em outros olhos.
Eles fitam-me com insistência sem trazer o rubor a face.
Andrógina em conciliação consigo,
Sonha deseja quer!
A armadura dantes separação do mundo
Não é mais que proteção dos estilhaços do caminho talhado.
Infinita construção íntima
Permite colecionar lágrimas e sorrisos
Mutáveis em lembranças de mim.

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