sábado, 12 de dezembro de 2009

Águas minhas

Contemplei as águas do lindo lago
Ele me mostrou parte de mim
Confusa, tentei entender.




Foi o meu vazio
O autor da aparência que sou.
Revestido de solidão,
Transfigurado num monstro pessoal.

A moldura de outrem que habita em mim
Sob a acolhida da natureza de múltiplas formas que
Guardou algo selvagem na minh’alma.

A dúvida dói!
Assusta o tatear no obscuro,
Degrau movediço para o crescimento.
A dúvida é criativa,
Alimenta a imaginação.
O vigor de seu fruto
Fortalece a convivência.


Colho minhas emoções
Corrompo as palavras
Misturo ternura
Nos gestos rudes
Dados a essa criatura de argila
Sempre fresca.

Apenas convicta da fome de viver.



Os raios solares incidiram nas águas do lago,
E não pude ver nada mais.

Um comentário:

Ricardo Dib disse...

Eu vou é ficar bem longe desse lago.

Beijos!