Contemplei as águas do lindo lago
Ele me mostrou parte de mim
Confusa, tentei entender.
Foi o meu vazio
O autor da aparência que sou.
Revestido de solidão,
Transfigurado num monstro pessoal.
A moldura de outrem que habita em mim
Sob a acolhida da natureza de múltiplas formas que
Guardou algo selvagem na minh’alma.
A dúvida dói!
Assusta o tatear no obscuro,
Degrau movediço para o crescimento.
A dúvida é criativa,
Alimenta a imaginação.
O vigor de seu fruto
Fortalece a convivência.
Colho minhas emoções
Corrompo as palavras
Misturo ternura
Nos gestos rudes
Dados a essa criatura de argila
Sempre fresca.
Apenas convicta da fome de viver.
Os raios solares incidiram nas águas do lago,
E não pude ver nada mais.
Um comentário:
Eu vou é ficar bem longe desse lago.
Beijos!
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