Concentrada diante do rio
Carrego pedras contra a correnteza
Sam saber até quando,
Com olhos marcados pelo tempo
Assustada com a folha varrida pelo vento
Deixo ecoar no silêncio o meu grito mudo
Invocando o que houve de bom.
Sigo solitária,
Sem o toque cego da insanidade alheia
Na desordem dos dias.
Trago a esperança reprimida
Nas vibrações da alma.
Oscilando entre as horas,
Na jornada infinita
Do apodrecer e do florescer
Do passado e do futuro.
5 comentários:
gosto muito de poemas
mas quem é que escreve estes, é vc mesma???
ui!
q dureza!
bjos
>>
Quase um estilo barroco.
Tô voando ainda... nha.
Hoje deu aquela saudade de te ler. Resolvi passar cá e ler os poemas, até mesmo com intuito de acalmar meus pensamentos euforicos. Eu não tinha entendido muito bem o que quis dizer na primeira leitura. Por outro lado, hoje, acho que entendi. E passei a refletir de quantas vezes, mesmo sozinhas, nós nadamos contra a correnteza, numa tentativa de fazer nossa voz ser ouvida, conscientes que isto pode dar, ou não, certo.
Adorei a parte da "jornada infinita".
Cara, meus parabéns!
Fica na paz.
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