A grande roda não pára
O dia nasce depois se recolhe
O breu da noite ocupa o seu lugar
A renovação não é percebida
Os passos são apressados
Morrer ou viver é o lema
Do corpo cansado
Da mente fixada no próximo ato
O humano violenta os sentimentos
Sufoca os desejos
Sugado pelo desconhecido
A máquina sobrevive
Cega
Muda
Impotente
O mundo que o contém não é percebido
Após cada volta a roda gira mais lenta
Perde o impulso
E se a roda parar?
Não sabemos o que a faz girar.
2 comentários:
Mas como disse Galileu "ela ainda se move"... E nada pode parar sua marcha. Belo blog, com certeza serei um visitante assíduo. Já adicionei aos links do meu blog, o "1977 e tudo o que veio depois". Se puder dá uma passadinha lá depois. O endereço é http://beneaudire.blogspot.com/
Bjos
Euvaldo Júnior (Nuno Nascimento)
Trabalho. Ele não faz perceber o ciclo, assim como não move a grande roda.
E o tempo é tão escasso para todas as coisas que queremos. Ainda assim encontramos uma fuga pra fazer valer nossos desejos. Nem todos têm esse dom. Viver não é algo vão, não é mesmo Rosinha?
Adorei a parte "O humano violenta os sentimentos".
Fica na paz.
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