Sufoco minha fala
Meus gestos me condenam,
Meu olhar cinzento amplia cenas.
Espanto-me.
Percebo no outro muito de mim,
Se, és tu e eu sou algo fora de ti
Por que semelhanças?
Habitaste minha terra,
Ilustraste meu espelho?
Cismo perambulo,
Nasce um seco sorriso para o acaso.
Ou será que estava programado
O meu caminho? Chamam-no Destino!
Operária de cada sol e de cada lua
Ergo minha bandeira, protesto.
Faltam-me respostas,
Quando quase afogo-me em palavras.
Meus delírios crescem à medida que busco.
A taça está vazia, só agora percebi.